Jovens abolicionistas

Uma nova geração de jovens em Portugal – uma geração feminista abolicionista do sistema da prostituição!

Há agora uma nova geração em Portugal que se afirma através da defesa incondicional dos direitos humanos das mulheres e das raparigas e que recusa qualquer normalização do sistema da prostituição.

Estas e estes jovens sabem que o sistema da prostituição é predador da juventude, que a idade média de entrada no sistema é de apenas 14 anos e que a mercantilização dos corpos das mulheres das raparigas tem um grande impacto na (des)igualdade entre mulheres e homens, raparigas e rapazes.

São jovens críticas/os de uma cultura que parece aceitar a exploração sexual e a dominação masculina através da globalização da “indústria do sexo” nas suas várias vertentes, prejudicando maioritariamente mulheres e raparigas em situações de grande vulnerabilidade. São ativistas que apelam a alternativas feministas e à responsabilização dos agressores e exploradores no sistema da prostituição, ao mesmo tempo que desconstroem estereótipos de género e tabus, apelando a uma sexualidade baseada no prazer mútuo e na igualdade.

O debate à volta destes temas é a base das ações de conscientização organizadas pelas/os jovens abolicionistas. Após participarem nas formações para jovens abolicionistas, as/jovens estão a dinamizar ações de conscientização multiplicadoras em escolas, universidades, associações e outros espaços frequentados pela juventude em Portugal, em São Tomé e Príncipe e na Bélgica.

Estas ações promovidas pelas e pelos jovens abolicionistas são ambientes seguros de debate e de educação não formal entre pares, onde não existem perguntas erradas e cujo objetivo é transmitir e partilhar informação e desconstruir ideias pré-concebidas sobre o sistema da prostituição nas suas múltiplas formas.

Além das ações, muitas/os jovens abolicionistas estão também envolvidas/os noutras formas de ativismo feminista e pelos Direitos Humanos, através de associações ou coletivos informais. É importante valorizarmos a sua experiência e conhecimento enquanto ativistas que estão na linha da frente a conscientizar jovens e não só nas ruas, escolas, universidades, locais de tralho e espaços associativos, através da produção de conteúdos, da arte e da reflexão conjunta.