Sofia Ramos

O Sistema de Prostituição em África: caso de São Tomé e Príncipe

Como podemos mudar esta realidade? Através da educação, da pressão política e da advocacia por parte da sociedade civil organizada e da sociedade em geral. Através da realização de estudos com base em estatísticas desagregadas por sexo, e de projetos de investigação e de aquisição de conhecimento.

Soraia

Soraia, 25 anos

Acredito que a única forma de proteger as mulheres deste mercado degradante é abolindo e protegendo as sobreviventes, criminalizando os chulos e todos aqueles que roubaram o consentimento das vítimas da precariedade.

Márcia

Márcia, 20 anos

Homens lucram com a exploração sexual de mulheres, lucram com a mercantilização dos corpos de mulheres e lucram com a violação e o abuso de mulheres. Não podemos, de forma alguma, compactuar com isto. Sou abolicionista porque “se uma de nós tem um preço, estamos todas à venda”.

Beatriz Polidoro

Beatriz, 21 anos

A verdadeira luta começa aqui. Apoiar a punição do proxenetismo, abolir este sistema que se apoia em séculos de História, que impede a luta pela defesa e garantia dos Direitos das Mulheres, promove a cultura da violação e normaliza esta prática repugnante.

Retiro Feminista Abolicionista

Retiro Feminista Abolicionista

É de extrema importância promover espaços de criação para as e os jovens, âmbito em que o Retiro Feminista Abolicionista é um exemplo de sucesso, onde possam refletir em conjunto, reafirmando o seu papel ativo e mobilizador no combate ao sistema de prostituição – um sistema predador da juventude, em que a idade média de entrada é de apenas 14 anos.

Valentina

Valentina, 21 anos, Lisboa

Não se deve ficar somente preso a debates e teorias: é preciso agir! É a vida de milhões de mulheres e meninas que está em risco. Essas mulheres são violentadas diariamente, várias vezes ao dia, e muitas vivem em condições análogas à escravidão, exploradas enquanto os proxenetas ficam cada vez mais ricos.

Catarina, 28 anos, Porto

Compreendo porque é que ouvir que a prostituição deve ser regulamentada parece, num primeiro impacto, fazer sentido. Mas a minha experiência tem-me demonstrado que uma explicação até rápida sobre o que significa abolicionismo e sobre a realidade das mulheres prostituídas dificilmente não leva a uma abertura no pensamento.

Amanda, 25 anos, Lisboa

Eu sou abolicionista por causa da Ingrid. Minha colega de classe da 4.ª série que engravidou aos 15 anos e não tinha como sustentar a filha. Para ela, a única saída era a prostituição. Eu sou abolicionista porque eu acredito que nós, em momentos de desespero, não precisamos pensar em vender nossos corpos para ter como sobreviver.

O 1.º Encontro Nacional de Jovens Abolicionistas 2021

A 31 de Julho e 1 de Agosto realizou-se o 1º ENJA – Encontro Nacional de Jovens Abolicionistas, uma iniciativa da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, no contexto do projeto “EXIT – Direitos Humanos das mulheres a não serem prostituídas”

Exposição: 18 de mitos sobre a prostituição de Raquel Pedro

Durante o mês de agosto, estará disponível para visita gratuita uma exposição da autoria da artista feminista e jovem abolicionista Raquel Pedro, no Centro Maria Alzira Lemos | Casa das Associações, situado no Parque Infantil do Alvito. As 18 peças procuram ilustrar os 18 mitos associados à prostituição.