Mito 18: “A abolição da prostituição é uma utopia.”

Abolir a prostituição não é igual à sua erradicação. As violações sexuais, os assassinatos ou a pedofilia são proibidos, mas ainda existem. O importante é a norma social que passa a ser veiculada pela legislação e que integra no conjunto dos direitos humanos o princípio de que o corpo humano e a sexualidade não estão … Ler mais

Mito 17: “Abolicionistas querem proibir a prostituição.”

Há uma grande diferença entre a abordagem proibicionista, que criminaliza todos os intervenientes no sistema de prostituição, incluindo as pessoas prostituídas, e a abordagem abolicionista, que visa apenas os compradores, proxenetas e traficantes – por outras palavras, aqueles que detêm o poder de escolha. Simplesmente penalizar todos não combate as causas e a natureza de … Ler mais

Mito 16: “Não devemos criminalizar os compradores porque podem salvar mulheres ou identificar vitimas de tráfico.”

Talvez tenha visto vezes demais o filme “Pretty Woman” (em Portugal, ”Um Sonho de Mulher”). Um comprador de sexo que «salva» uma mulher ou denuncia um caso de tráfico, continua a ser um comprador de sexo. A existência de «compradores de sexo» supostamente «simpáticos» não diminui a procura, apenas dá uma visão romântica da prostituição, … Ler mais

Mito 15: “Com a adopção do modelo sueco, as pessoas que estão na prostituição enfrentam mais violência e a prostituição torna-se clandestina.”

Se os compradores podem encontrar-se e reunir-se com as mulheres na prostituição, então também a polícia e assistentes sociais o podem fazer! Por criminalizar os compradores de sexo, o modelo sueco altera a relação entre as mulheres e os compradores: os compradores são os criminosos. As mulheres na prostituição, que estiveram na Alemanha antes de … Ler mais

Mito 13: “Legalizar a prostituição é a melhor maneira de garantir o acesso aos direitos básicos para pessoas na prostituição.”

Estar na prostituição é «legal» em toda a Europa (exceto na Croácia onde é criminalizado). A questão do acesso aos direitos não está ligada ao estatuto jurídico da prostituição, está ligada ao estatuto de migração de cada pessoa: se tiver estatuto legal num país, poderá ter acesso a direitos básicos, incluindo testes VIH e cuidados … Ler mais

Mito 11: “A procura nunca irá desaparecer.”

Que visão triste dos homens… De acordo com este pressuposto, os homens são orientados por uma chamada «irreprimível necessidade» sexual e não pelo seu cérebro. É surpreendente acreditar nesta premissa já que a maioria dos homens não são compradores de sexo. Esta procura justifica-se por uma certa visão da masculinidade, relacionada com a virilidade ou … Ler mais

Mito 10: “A prostituição é útil para a sociedade, especialmente para homens socialmente isolados e solitários.”

Os compradores de sexo não cabem neste estereótipo: estudos internacionais mostram que a maioria dos compradores de sexo são homens casados ou num relacionamento e com maior propensão a terem um maior número de parceiras sexuais (não através de prostituição) que o resto da população masculina. Justificar a prostituição como uma instituição social, implica considerar … Ler mais

Mito 9: “Apenas as ‘trabalhadoras do sexo’ deveriam falar sobre prostituição, porque são elas que melhor a conhecem.”

Deverão apenas as mulheres vítimas de violência doméstica ter direito a denunciar a violência do parceiro? A violência doméstica é reconhecida como uma forma estrutural da violência contra as mulheres, que nos afecta a todas/os, mulheres e homens, porque estão em causa valores sociais. A prostituição também nos afecta a todas/os: ela transmite normas e … Ler mais