Eu acredito no abolicionismo porque eu própria já me encontrei em situações precárias em que a minha última opção foi ponderar a venda de conteúdo sexual ou prostituir-me. Ninguém escolhe vender o seu corpo por prazer e/ou luxo, o consentimento não se compra, é-nos roubado.
Acredito que a única forma de proteger as mulheres deste mercado degradante é abolindo e protegendo as sobreviventes, criminalizando os chulos e todos aqueles que roubaram o consentimento das vítimas da precariedade.
Sei que na falta de informação pode ser atraente a regulamentação, porque, à primeira vista, parece que o estão a defender em nome das vítimas, mas na realidade, estão apenas a enviá-las para o corredor da morte.