Amanda, 25 anos, Lisboa

Eu sou abolicionista por causa da Ingrid. Minha colega de classe da 4.ª série que engravidou aos 15 anos e não tinha como sustentar a filha.

Para ela, a única saída era a prostituição. Eu sou abolicionista porque eu acredito que nós, em momentos de desespero, não precisamos pensar em vender nossos corpos para ter como sobreviver.

Eu sou abolicionista porque homens que incutiram essa ideia na nossa cabeça, homens que pensam que somos meras mercadorias e homens que pagam para ter sexo, precisam ser punidos.

Não dá mais pra gente continuar acreditando nesse conto de fadas (criado por homens) de “regulamentação da prostituição”. Esse é um dos sistemas que mais mata mulheres, desde que o mundo é mundo. Precisa ter fim.

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