O que pensas quando se fala em prostituição? Achas que seria melhor combater o sistema através de políticas abolicionistas ou regulamentar como uma atividade profissional?
Quando se fala em prostituição penso em exploração porque o corpo não tem preço. Com que critério é que se põe um valor X a uma pessoa e Y a outra?
Na minha opinião a prostituição deveria ser tratada com políticas abolicionistas. Ninguém deveria sentir em momento algum a necessidade de ter de se prostituir. A legalização/regulamentação da prostituição não é representativa de um país desenvolvido do século XXI, mas sim do desprezo pela integridade física e mental da pessoa humana (atitude essa representativa, no mínimo, da Idade Média).
Achas que estás a ser devidamente informad@ (por órgãos de comunicação ou instituições governamentais etc.) do debate sobre o abolicionismo e/ou sobre a regulamentação?
Não me sinto, de todo, totalmente informada sobre esta dualidade abolição/regulamentação. Sinto que tem sido um tema posto de parte, que passa “entre os pingos da chuva”, o que é inaceitável.
Sentes que o sistema da prostituição é perigoso? Porquê?
A ideia que tenho, do pouco que sei, é que sim: o sistema da prostituição é perigoso.
Perigo esse que vai desde violência física e psicológica, rapto e tráfico, até coisas tão pequenas como vírus. O que é que todas estas coisas têm em comum: todas têm um efeito negativo, temporário ou definitivo, mas têm.
Porque é que achas que abolir o sistema da prostituição é fundamental?
Acho que abolir a prostituição é fundamental porque (1) não se pode atribuir um preço a um corpo, (2) ninguém se pode sentir no direito de “alugar” uma pessoa, é uma atitude bárbara, (3) as pessoas não são objetos, não são recicláveis nem reutilizáveis, nem merecem ser tratadas ou sentir-se como tal.
Visto que a prostituição consegue pôr em causa estes três pontos sim, é fundamental acabar que acabe de uma vez por todas.